Conheça histórias de mulheres que se dedicam a cuidar das próprias mães
O Dias das Mães é celebrado neste domingo (11), e o g1 ouviu a história da Marta Brito e Simone Rosa Esteves Bento. Ambas, com amor, carinho e gratidão vive...

O Dias das Mães é celebrado neste domingo (11), e o g1 ouviu a história da Marta Brito e Simone Rosa Esteves Bento. Ambas, com amor, carinho e gratidão vivem a rotina de serem mães das próprias mães. Simone Esteves com a mãe Elvira Esteves Simone Esteves/Arquivo pessoal O Dia das Mães é celebrado neste domingo (11), e o g1 traz a história das divinopolitanas Marta Brito e Simone Rosa Esteves Bento. Elas são mães que além de cuidar dos filhos, tiveram que aprender a como serem mães das próprias mães. 🔔 Receba no WhatsApp as notícias do Centro-Oeste de MG "Cuidar de quem cuida da gente". Muitas pessoas já devem ter ouvido essa frase, mas nem todas sabem o que é sentir na pele a responsabilidade de realmente cuidar de quem cuidou da gente. É um desafio que a Simone, de 55 anos, vive há quase 5 anos com a mãe Elvira Rosa Esteves, de 81. Dona Elvira tinha uma vida comum, mas por causa do Alzheimer passou a ter limitações como perda de memória e comprometimento de alguns dos movimentos. Com isso, Simone precisou cuidar mais de perto da mãe e a trouxe para morar com ela. 'A doença começou a dar sinais quando ela estava com 71 anos. De inicio era algo que dava para controlar e minha irmã também ficava com ela. Mas, com a pandemia a doença agravou e deixou ela em uma fase mais difícil, hoje ela já não responde mais por si", explicou Simone. Segundo Simone, a mãe é dependente dela para tudo e a rotina das duas é cheia de desafios. "Nosso dia a dia é bem desafiador, é realmente um dia após o outro, essa doença é muito ingrata porque a pessoa fica fora do mundo, eles tem um mundo só deles, então que temos que nos adaptar para proporcionar uma vida digna e ao mesmo tempo tentar viver. No estado que minha mãe está hoje, eu parei de viver um pouco a minha vida para dar a ela uma vida digna", afirmou. Troca de papeis Simone conta que por causa da doença, a mãe já não se lembra mais que é mãe. Inclusive, a rotina de cuidados, carinho e o amor fazem com que dona Elvira veja na filha uma mãe. "Antes eu chamava ela de mãe, hoje eu ouço ela me chamar de mãe. Quantas vezes ela me chama de mãe, e as vezes ela chama mãe e eu tenho que responder: 'Oi'. As vezes eu fico pensando como é essa doença, porque tira eles desse mundo e os coloca em um mundo que eles não sofrem, mas enquanto a gente que cuida dói muito", desabafou. Apesar dos desafios, Simone diz que passaria tudo novamente em prol de cuidar da mãe. "Acho que o mesmo que ela fez por mim quando bebê é o que eu faço agora por ela, mas o que eu faço não é nem 10% do que ela fez por mim. O que eu faço e o que eu tento fazer pela minha mãe era os planos que eu realmente pensava em fazer antes quando eu trabalhava, porque eu falava que quando me aposentasse eu queria cuidar dela", disse. Simone destacou, ainda, que apesar da doença da mãe, ela tenta ao máximo aproveitar a companhia dela. "A doença antecipou o tempo que eu gostaria de ter com ela. Eu estou aproveitando o tempo que tenho com ela, mas não da forma como eu queria, porque gostaria de viajar com ela, passear mais. Mas, eu aproveito porque onde eu posso levar ela, eu levo", finalizou. Acidente doméstico mudou a vida de família Marta Brito tem dois filhos e uma neta, mas a rotina materna se estendeu para o cuidado com os pais, ambos de 88 anos. Marta conta que até os 80 anos, dona Theresinha Floripes de Brito era independente. No entanto, um acidente doméstico e a morte de um dos filhos mudou a vida da família. "Até os 80 anos ela fazia as coisinhas dela, mas depois que quebrou o fêmur ficou dependente da gente. Também tínhamos um irmão que morava com eles, mas ele se suicidou e infelizmente meus pais viram e foi muito difícil. Tive que deixar meu trabalho por um tempo para ajudar meus pais". Segundo Marta, desde agosto de 2024, ela e a irmã dividem a tarefa de cuidar dos pais. É uma rotina de amor, mas que também tem dificuldades. "A família é pequena, é eu e minha irmã. Os irmãos da minha mãe e do meu pai já morreram todos. Eu e minha irmã somos mãe e pai deles e nos dividimos para cuidar deles. Apesar das dificuldades, acredito que isso um dia vai passar e o que ficará será a lembrança das coisas boas e dos momentos que tivemos com eles", encerrou. Desafios da maternidade: um olhar psicológico 📲 Siga o g1 Centro-Oeste MG no Instagram, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas fo. O caso aconteceu na terça-feira (6), mas opelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).